A mulher de 50 anos de idade que havia sido intubada em estado grave após consumir a granola de um açaí entregue por um motoboy na casa dela em Natal, deixou, na noite desta terça-feira (30), a UTI do Hospital Regional de Macaíba, na Região Metropolitana.
Geisa de Cássia Tenório Silva é prima de segundo grau da bebê Yohana Maitê Filgueira Costa, de 8 meses de idade, que morreu, no dia 14 de abril, após também consumir o alimento.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte investiga a possibilidade de envenenamento e aguardava o laudo pericial com a análise toxicológica do alimento, que não havia sido concluído pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) até esta quarta-feira (30).
Filho de Geisa de Cássia Tenório Silva, Yago Smith informou ao g1 que a mãe foi transferida para a enfermaria do hospital e que se mostrou consciente. “Ela está conversando já, mas não está falando tão bem assim”, disse.
Yago relatou que a equipe médica, no entanto, não havia dado previsão de alta para a mãe – Geísa foi internada no dia 15 de abril.
Prima de Geísa, a bebê Yohana Maitê morreu dentro de uma ambulância na UPA de Cidade da Esperança, pouco antes de ser transferida para um hospital.
Ao todo, a família recebeu encomendas durante três dias em casa, no bairro Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal – todas levadas por motoentregadores, segundo Yago Smith, filho de Geisa. Não se sabia, no entanto, quem enviou as encomendas.
Veja a cronologia das entregas abaixo:
Ainda de acordo com Yago, os médicos começaram a desconfiar de envenamento por causa dos sintomas apresentados por Geisa.
“Ela estava suando bastante, tremendo a mão, não tinha força nem pra falar nada, espumando, e aí começaram a desconfiar que aquilo era caso de envenenamento”, contou.
Yohana Maitê, de 8 meses, morreu na UPA de Cidade Satélite, em Natal — Foto: Cedida
A família a procurou a polícia após orientação da equipe médica que atendeu as vítimas. Segundo a família, Geisa e a bebê Yohana passaram mal após consumir açaí e granola.
“O alimento consumido foi encaminhado para análise toxicológica, mas o laudo pericial ainda não foi concluído. Existe a possibilidade de envenenamento, contudo, qualquer afirmação nesse sentido, neste momento, seria precipitada”, informou a Polícia Civil inicialmente sobre o caso.
A Polícia Civil tamém buscava identificar quem poderia ter enviado o alimento, já que não havia remetente das encomendas.
A Polícia Civil informou ainda que ouviu testemunhas do caso. Além disso, imagens de câmeras de segurança do bairro foram analisadas.
Bicho de pelúcia entregue junto com comidas na casa de Geisa, em Natal — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
G1RN