O que era para ser um momento de despedida silenciosa e respeitosa se transformou em uma cena de indignação e revolta na zona rural de João Câmara, no Agreste potiguar. No último dia 30 de abril, o agricultor Clodoaldo de Almeida Batista precisou cavar com as próprias mãos a cova do pai, José Gabriel Batista, de 82 anos, em pleno cemitério público do distrito de Queimados.
O aposentado faleceu em casa, na terça-feira (29), cercado pela família. O sepultamento foi marcado para a manhã do dia seguinte, e, segundo os parentes, os responsáveis pelo cemitério foram avisados com antecedência. A promessa era de que tudo estaria pronto no dia do enterro.
Mas ao chegar ao local, o cenário era outro: o buraco ainda estava raso e inacabado. O coveiro, de acordo com Clodoaldo, alegou que o “barro estava muito duro” e que não possuía as ferramentas adequadas para concluir o trabalho.
Sem alternativa e em meio à dor do luto, Clodoaldo desceu ao túmulo e finalizou a cavação. A cena foi filmada por familiares e publicada nas redes sociais, gerando comoção e críticas à gestão municipal.
A prefeitura do município ainda não se manifestou sobre o episódio.
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